Vanessa Barbosa
Exame.com
Em menos de quatro décadas, eólica poderá suprir 18% da
demanda de eletricidade mundial, ante os 2,5% atuais, indica novo relatório da
AIE
São Paulo – Os ventos da energia eólica devem soprar com
ímpeto nas próximas décadas. Segundo um novo relatório da Agência Internacional
de Energia (AIE), a geração de eletricidade mundial a partir dessa fonte
renovável deverá saltar dos atuais 2,5% de participação na matriz para uma
senhora fatia de 18%, até 2050.
Pela conta, os cerca de 300 gigawatts que a energia eólica
entrega pode aumentar pelo menos sete vezes. Para garantir este crescimento, no
entanto, a AIE prevê que serão necessários investimentos vultosos, de cerca de
US$ 150 bilhões por ano – quase o dobro dos US$ 78 bilhões investidos no setor
em 2012.
O novo relatório é uma atualização de um documento publicado
pela primeira vez em 2009, e prevê uma penetração muito maior de energia eólica
na matriz mundial do que a quota de 12% estimada no estudo anterior.
A melhoria recente em tecnologias de energia eólica, bem
como a mudança de contexto global de energia, em busca de fontes mais limpas,
explicam o cenário mais positivo para o setor no longo prazo.
De acordo com o relatório, a China deverá superar a Europa e
os Estados Unidos na produção de energia eólica, entre 2020 e 2025. Ainda
segundo o estudo, com o crescimento do setor, o mundo deverá poupar emissões de
gases efeito estufa de até 4,8 bilhões de toneladas por ano até 2050.
Diversos obstáculos podem, no entanto, retardar esse
progresso. A lista inclui desde problemas de financiamento e de integração da
rede até dificuldades com licenças e aceitação do público, sublinha a AIE.
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